Este tópico contém as seguintes secções:

Para obter informações sobre como configurar opções de quórum, consulte Seleccionar Opções do Quórum para um Cluster de Activação Pós-Falha.

A forma como a configuração do quórum afecta o cluster

A configuração do quórum num cluster de activação pós-falha determina o número de falhas que o cluster pode suportar. Se ocorrer uma falha adicional, a execução do cluster tem de parar. As falhas relevantes neste contexto são falhas de nós ou, em alguns casos, de um disk witness (que contém uma cópia da configuração do cluster) ou file share witness. É essencial que a execução do cluster pare se ocorrerem demasiadas falhas, ou se existir um problema com a comunicação entre os nós de cluster. Para obter uma explicação mais detalhada, consulte Por que motivo é necessário o quórum mais à frente neste tópico.

Importante

Na maioria das situações, utilize a configuração do quórum que o software de cluster identifica como apropriada para o cluster. Altere a configuração do quórum apenas se tiver determinado que a alteração é apropriada para o cluster.

Tenha em atenção que a função completa de um cluster depende não só do quórum, como também da capacidade de cada nó de suportar os serviços e aplicações que efectuam a activação pós-falha para esse nó. Por exemplo, um cluster com cinco nós pode ainda ter o quórum depois de ocorrer uma falha em dois nós, mas o nível de serviço fornecido por cada um dos restantes nós de cluster dependerá da capacidade desses nós para suportar os serviços e aplicações que efectuaram a activação pós-falha para esses mesmos nós.

Opções de configuração do quórum

Pode escolher entre quatro possíveis configurações de quórum:

  • Maioria de Nós (recomendada para clusters com um número ímpar de nós)

    Pode suportar falhas de metade dos nós (arredondando para cima) menos um. Por exemplo, um cluster de sete nós pode suportar três falhas de nós.

  • Maioria de Nós e Discos (recomendada para clusters com um número par de nós)

    Pode suportar falhas de metade dos nós (arredondando para cima) se o testemunho de disco continuar online. Por exemplo, um cluster de seis nós, no qual o testemunho de disco está online, pode suportar três falhas de nós.

    Pode suportar falhas de metade dos nós (arredondando para cima) menos um se o testemunho de disco ficar offline ou falhar. Por exemplo, um cluster de seis nós com um testemunho de disco com falha pode suportar duas falhas de nós (3-1=2).

  • Maioria de Nós e Partilhas de Ficheiros (para clusters com configurações especiais)

    Funciona de uma forma semelhante a Maioria de Nós e Discos, mas em vez de um testemunho de disco, este cluster utiliza um testemunho de partilha de ficheiros.

    Tenha em atenção que se utilizar Maioria de Nós e Partilhas de Ficheiros, pelo menos um dos nós de cluster disponíveis tem de conter uma cópia actual da configuração do cluster antes de poder iniciar o cluster. Caso contrário, tem de impor o início do cluster através de um determinado nó. Para mais informações, consulte "Considerações adicionais" em Iniciar ou Parar o Serviço Cluster num Nó de Cluster.

  • Sem Maioria: Só Disco (não recomendado)

    Pode suportar falhas de todos os nós excepto um (se o disco estiver online). Contudo, esta configuração não é recomendada uma vez que o disco poderá ser um ponto de falha único.

Ilustrações de configurações do quórum

As seguintes ilustrações mostram como funcionam três das configurações de quórum. Uma quarta configuração é descrita por palavras, uma vez que é semelhante à ilustração da configuração Maioria de Nós e Discos.

Nota

Nas ilustrações, para todas as configurações além de Só Disco, verifique se a maioria dos elementos relevantes está em comunicação (independentemente do número de elementos). Se estiverem, o cluster continua a funcionar. Se não estiverem, o cluster pára de funcionar.

Cluster com configuração de quórum com nó principal

Conforme mostra a ilustração anterior, num cluster com a configuração Maioria de Nós, apenas os nós são contados no cálculo da maioria.

Cluster com quórum de nó e disco principal

Conforme mostra a ilustração anterior, num cluster com a configuração Maioria de Nós e Discos, os nós e o testemunho de disco são contados no cálculo da maioria.

Configuração do Quórum Maioria de Nós e Partilhas de Ficheiros

Num cluster com a configuração Maioria de Nós e Partilhas de Ficheiros, os nós e o testemunho de partilha de ficheiros são contados no cálculo da maioria. Isto é semelhante à configuração do quórum Maioria de Nós e Discos apresentada na ilustração anterior, à excepção de que a testemunha é uma partilha de ficheiros aos quais todos os nós do cluster podem aceder, em vez de um disco no armazenamento de cluster.

Cluster com configuração de quórum só para disco

Num cluster com a configuração Só Disco, o número de nós não afecta a forma como o quórum é alcançado. O disco é o quórum. Contudo, se se perder a comunicação com o disco, o cluster torna-se indisponível.

Por que motivo é necessário o quórum

Quando ocorrem problemas de rede, estes podem interferir com a comunicação entre os nós de cluster. Um pequeno conjunto de nós poderá comunicar entre si através de uma parte em funcionamento de uma rede, mas sem poder comunicar com um conjunto diferente de nós noutra parte da rede. Isto pode provocar problemas graves. Nesta situação de "divisão", pelo menos um dos conjuntos de nós tem de deixar de ser executado como um cluster.

Para evitar os problemas provocados por uma divisão no cluster, o software de cluster não permite que nenhum conjunto de nós em execução como um cluster utilize um algoritmo de voto para determinar se, num determinado momento, esse conjunto alcançou o quórum. Uma vez que um determinado cluster tem um conjunto específico de nós e uma configuração de quórum específica, o cluster saberá quantos "votos" constituem uma maioria (ou seja, um quórum). Se o número for inferior à maioria, a execução do cluster pára. Os nós ainda escutarão a presença de outros nós, no caso de outro nó aparecer novamente na rede, mas os nós não irão começar a funcionar como um cluster até o quórum existir outra vez.

Por exemplo, num cluster de cinco nós que estiver a utilizar uma maioria de nós, considere o que acontece se os nós 1, 2 e 3 puderem comunicar entre si, mas não com os nós 4 e 5. Os nós 1, 2 e 3 constituem uma maioria, e continuam em execução como um cluster. Os nós 4 e 5, sendo uma minoria, deixam de ser executados como um cluster. Se o nó 3 perder a comunicação com outros nós, todos os nós deixam de ser executados como um cluster. Contudo, todos os nós em funcionamento irão continuar a escutar a comunicação, para que quando a rede começar a trabalhar outra vez, o cluster poder formar-se e começar a executar.

Referências adicionais


Sumário